Na Indústria da música, o lado A e o lado B são expressões que estão associadas diretamente aos discos de vinil. Historicamente, o B-side dos discos era composto por canções diferenciadas, experimentais, alternativas. As bandas aproveitavam o fato de as pessoas precisarem de parar e mudar o disco de lado para potenciar a quebra de fluxo e entregar leituras diferenciadas do seu próprio trabalho. Muitos artistas, grandes compositores e cantores por exemplo, já declararam que, nos seus discos de vinil, o B-side era o seu lado autêntico, a sua essência e que o A-side dos seus discos continha as canções mais comerciais (Wikipedia).

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Assim é, também, muitas vezes, na nossa jornada de desenvolvimento enquanto pessoas. Influenciados por um conjunto de fatores, damos por nós a fazer escolhas e a investir em processos formativos e de aprendizagem, que, instrumentalmente, nos conduzam ao sucesso, por exemplo, no contexto profissional. Não raras vezes, as escolhas e o investimento que fazemos são influenciadas por fatores externos (o curso com maior empregabilidade, as áreas que estão na moda, as escolhas que os amigos fizeram, ...). Nessas escolhas (mais "comerciais - o lado A) não integramos de forma consciente e intencional aquilo que verdadeiramente nos move, a nossa essência, a nossa identidade, os nossos interesses, no fundo, o nosso lado humano (o lado A).

 

Tomar consciência de quem somos, do que queremos, assumir as nossas vulnerabilidades e, intencional e conscientemente, tomar parte em processos que nos permitam melhorar enquanto pessoas, permitirá fazer escolhas mais autênticas e alinhadas com a nossa verdadeira essência e, com isso, sermos mais nós próprios, estando em maior conexão connosco e com os outros, contribuindo, deste modo, para colocar todo o nosso potencial ao serviço de quem e do que nos rodeia.